quinta-feira, 29 de outubro de 2009

De uma mobilizadora sobre seu trabalho em sua região.

Cara Lelia e demais companheiros e companheiras da Mobilização Social Todos pela Educação.

Estive em dois eventos no Sul da Bahia

O primeiro foi o Fórum Estadual de Educação Escolar Indígena.

O Fórum de Educação Indígena é um Espaço de debates e reuniões sobre a política pública de Educação Escolar Diferenciado para os povos Indígenas. O Fórum abrange 14 povos indígenas do Povo Atikun, Kaimbé, Kantaruré, Kiriri, Pankararé, Pankaru, Payayá, Pataxó, Pataxó e Hãhãhãe, Tumbalalá, Tupinambá. Tupã, Tuxá, Truká, Xukuru-Karirí, situados no estado da Bahia, nas regiões norte (Abaré, Banzaê, Curaçá Euclides da Cunha, Rodelas, Glória), oeste (Ibotirama, Muquém do São Francisco, Serra do Ramalho), baixo-sul ( Camamu ), Sul ( Buerarema, Camacan, Ilhéus, Itaju da Colônia, Pau Brasil) e extremo-sul (Belmonte, Itamaraju, Porto Seguro, Prado, Santa Cruz Cabrália).

Este ocorreu na cidade de Pau Brasil na Aldeia Indígena Caramuru, Catarina Paraguaçu do Povo Pataxó Hã, Hã, Hãe nos dias 15 a 17 de outubro. Contou com a presença dos 14 Povos Indígenas da Bahia,, SEC/BA, DIREC 6, DRIEC7, APOINME, entre outros, com mais de 300participantes.

O segundo foi na Oficina Territorial de Educação "POLÍTICAS EDUCACIONAIS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS" do Território de Identidade Litoral Sul, via Câmara Temática de Educação.

O Território da Cidadania Litoral Sul - BA abrange uma área de 14.736,20 Km² e é composto por 26 municípios: Almadina, Arataca, Aurelino Leal, Buerarema, Camacan, Canavieiras, Coaraci, Floresta Azul, Barro Preto, Ibicaraí, Ilhéus, Itabuna, Itacaré, Itaju do Colônia, Itajuípe, Itapé, Itapitanga, Jussari, Maraú, Mascote, Pau Brasil, Santa Luzia, São José da Vitória, Ubaitaba, Una e Uruçuca.

A população total do território é de 825.694 habitantes, dos quais 110.831 vivem na área rural, o que corresponde a 13,42% do total. Possui 13.495 agricultores familiares, 2.324 famílias assentadas, 11 comunidades quilombolas e 2 terras indígenas. Seu IDH médio é 0,67.

Fonte: Sistema de Informações Territoriais (http://sit.mda.gov.br).

Este ocorreu na cidade de Ilhéus, no Barra Vento Praia Hotel, situado no Malhado nos dias 20 e 21 de outubro. pariciparam desse evento 54 pesssoas de 16 cidade do Sul e Baixo Sul da Bahia, entre entidades da sociedade civis e religiosas e órgãos governamentais.

A câmara Temática da Educação tem uma coordenação colegiada com o Fórum de Educação do Campo e o Fórum de debates/UESC

Dentre as temáticas abordadas, tive espaço para falar da Campanha de Mobilização Social Todos pela Educação. Estou no item do planejamento local. Veja abaixo a parte do planejamento elaborado nos dias 29 e 30 de Setembro em Salvador.

ATIVIDADE DE MOBILIZAÇÃO LOCAL PELA EDUCAÇÃO

ILHEUS/AMARGOSA/VERA CRUZ

OBJETIVO:Divulgar o processo de mobilização “Todos pela Educação”

AÇÃO: Sensibilização dos organismos e movimentos da comunidade civil e governamental.

SUGESTÃO DE IMPLEMENTAÇÃO: Visitas as instituições para combinação de agendas de divulgação da mobilização da campanha “Todos pela Educação”

Diante da exposição sobre a mobilização ficou uma agenda a ser confirmada com a seguinte intenção:

Com O território Litoral Sul participarei de uma reunião da Câmara Temática de Educação no dia 05 de novembro em Itabuna-Ba para planejamento de uma ação conjunta as ações do Território sobre a mobilização nas 26 cidades que compõe o território.

Com o Fórum de Estadual de Educação Escolar Indígena, haverá uma reunião em Salvador das Escolas Indígenas no mês de novembro, e, veremos um momento na pauta em que se debaterá a proposta da mobilização, seja com os professores indígenas, seja nas aldeias. Sendo que para as Escolas Indígenas tem-se um desafio maior, incluí-las nos dados do IDEB.

No mais, estou no aguardo das cartilhas para desenvolver melhor as ações.

No mais um forte e sincero abraço. Deus nos abençoe sempre.

Salve Deus!

Núbia Batista da Silva- Mobilizadora em Ilhéus-Ba


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Dia do professor

Dia do Professor


No dia dedicado a homenagear os professores, vale a pena tomar emprestado um trecho do livro de Bartolomeu Campos de Queirós “Ler, escrever e fazer conta de cabeça”, no qual um menino do interior de Minas relembra pessoas, lugares, fatos e sentimentos de uma fase importante de sua vida. Dona Maria Campos ocupa um espaço especial trazendo à sua memória emoções, sensações e aprendizados que o acompanharam ao longo da vida. Com certeza, milhões de brasileiros também guardam lembranças semelhantes de muitos de seus professores.

A professora gostava de vestido branco, como os anjos de maio. Carregava sempre um lenço dobrado dentro do livro de chamada ou preso no cinto, para limpar as mãos, depois de escrever no quadro-negro. Paninho bordado com flores, pássaros, borboletas. Ela passava o exercício, e de mesa em mesa ia corrigindo. Um cheiro de limpeza coloria o ar quando ela passava. Sua letra, como era bem desenhada, amarradinha uma na outra! ... Redonda, fácil de decifrar, sem sair da linha, como se aprendida depois do horizonte.

Ninguém tinha maior paciência, melhor sabedoria, mais encanto. E todos gostavam de aprender primeiro, para fazê-la feliz. Eu, como já sabia ler um pouco, fingia não saber e aprendia outra vez. Na hora da chamada, o silêncio ficava mais vazio e o coração quase parado, esperando a vez de responder “presente”. Cada um se levantava, em ordem alfabética e, com voz alta, clara, vaidosa, marcava sua presença e recebia mais uma bolinha azul na frente do nome. Ela chamava o nome por completo, com o pedaço da mãe e o pedaço do pai. Queria ter mais nome, para ela me chamar mais tempo.

O giz, em sua mão, mais parecia um pedaço de varinha mágica de fada, explicando os mistérios. E, se economizava o quadro, para caber todo o ponto, nós também aproveitávamos bem as margens do caderno, escrevendo nas beiradinhas das folhas. Não acertando os deveres, Dona Maria elogiava a letra, o raciocínio, , o capricho, o aproveitamento do caderno. A gente era educado para saber ser com orgulho. Assim, a nota baixa não trazia tanta tristeza.

Em sua mesa, coberta de toalha, sempre descansava um vaso com flores. Colhíamos na estrada e levávamos de presente aquela fala colorida da natureza. Se primavera ou depois das chuvas, tantas eram as flores que, o fim da aula, Dona Maria Campos mandava pequenos buquês para nossas mães, junto com um abraço ......

Nas aulas de poesia, Dona Maria caprichava. Abria o caderno, e não só lia poemas, mas escrevia fundo em nosso pensamento as idéias mais eternas. Ninguém suspirava, com medo de a poesia ir embora: Olavo Bilac, Gabriela Mistral, Alvarenga Peixoto e “Toc, toc, tamanquinhos”. Outras vezes declamava poemas de um poeta chamado Anônimo. Ele escrevia sobre tudo, mas a professora não falava de onde vinha nem onde tinha nascido. E a poesia ficava mais indecifrável.”

Você sabe como surgiu o Dia do Professor?

O Dia do Professor é comemorado no dia 15 de outubro. Mas poucos sabem como e quando surgiu este costume no Brasil.

No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.

Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor.
Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.

O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil.

A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".

Fontes:
Site www.diadoprofessor.com.br
Site www.unigente.com

A importância da interação dos professores com as famílias de seus alunos

Estudos nacionais e internacionais encontraram evidências de que a participação das famílias influencia o desempenho acadêmico dos estudantes:

- pais e familiares sentem-se valorizados e passam a acompanhar mais de perto os filhos: aproximam-se da escola, ajudando a aprimorar os mecanismos de gestão democrática da escola pública;
- professores sentem-se fortalecidos na posição de orientadores dos alunos:passam a conhecê-los mais e a contar com a família para a solução de problemas

Aproximação escola-família e conhecimento de suas realidades ajuda a escola a:
- Rever as práticas pedagógicas pensando na diversidade dos alunos;
- Promover a articulação das políticas educacionais com políticas setoriais para apoio integral às famílias.

Como favorecer a parceria família/escola:
-Entender os alunos como parte de um contexto social e familiar inalienável às condições de aprendizagem e, portanto: conhecer e entender sua realidade social e familiar (Situações mais vulneráveis, recursos disponíveis em cada grupo familiar);
-Estabelecer formas específicas de interação, reconhecendo as diferenças entre eles e o direito de cada um a ser ouvido com atenção.
- Marcar reuniões de pais em horários favoráveis à sua participação;
- Transformar as reuniões em momentos de troca de experiências sobre o desenvolvimento dos alunos ( pais apontam a dificuldade de acesso e compreensão das informações passadas, gerando inibição a expressar o que pensam agravada pela dificuldade de comunicação verbal);
- Incentivar os pais e responsáveis a acompanharem em casa a vida das crianças e jovens, garantindo a disciplina para o estudo diário, a realização do dever de casa, o desenvolvimento do hábito da leitura, e a assiduidade e pontualidade nas aulas;
- Divulgar os resultados alcançados pela escola, em especial o IDEB, as metas a serem buscadas e informar as medidas que estão sendo adotadas para atingi-las;

Isso significa que dados educacionais e programas para melhorar a situação da escola precisam ser conhecidos e compartilhados: IDEB, taxas de fluxo, PDE-Escola, PAR do município etc. Os dados e programas educacionais acessando:
http://www.mec.gov.br/
http://www.inep.gov.br/
http://www.fnde.gov.br/
familiaeducadora.blogspot.com

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Mapa da Mobilização na Bahia


A Mobilização na Bahia a partir da Oficina para Formação de Mobilizadores tomou uma grande proporção nós agora temos mobilizadores em quase todo estado baiano,desde o baixo São Francisco até o sul do Estado,alem do reconcavo e região central da Bahia,coloquei um Mapa de nosso Estado para que tenhamos uma noção de como o Plano de Mobilização vem crescendo no Estado da Bahia.
As cidades que tem maior participação no Plano de Mobilização são Cachoeira,São Felix,Muritiba,Governador Mangabeira,Feira de Santana,Lauro de Freitas,Simões filho,Esplanada,Rafael Jambeiro,Ilhéus,Canavieiras,Barreiras,Vitória da Conquista e outras,alem da Capital que vem trabalhando acirradamente para que esse trabalho cresça,as áreas litorâneas como Vera Cruz e Itaparica também vem trabalhando no plano de Mobilização.

domingo, 11 de outubro de 2009

Sobre a Oficina,por uma mobilizadora

Oi Lelia

Amei o encontro em Salvador, foi realmente muito útil e producente.A qualidade do ensino brasileiro precisa passar por uma mudança radical e com certeza, as famílias pedem socorro.Vejo nas igrejas a possibilidade de grandes resultados.Esta tem sido a minha posição na minha comunidade, no entanto, vejo agora a possibilidade de ampliar esta prática visando atingir a muitos estudantes, via igrejas.Aproveito a oportunidade para convidar também os adultos para participarem do " Projeto de Alfabetização que Transforma" do AEI (Alfabetização e Evangelização Internacional), que a Igreja Presbiteriana em parceria com outros seus órgãos de ação social e educacional tem promovido ,tanto para alfabetizar como para sociabilizar suas oportunidades de melhoria de leitura e escrita, com vistas ao desenvolvimento social e espiritual de cada participante.
É uma oportunidade vinda realmente de Deus.A ele toda glória,toda honra e todo louvor.

Obrigada a você por esta oportunidade e que Deus te abençoe.

Ruth Antonia
Coordendora do AEI/ASPACAM!IPB.

sábado, 10 de outubro de 2009

Mobilização alcança 776 municípios brasileiros



Até o início deste mês de outubro, 776 municípios, em diversas localidades do País, registram a participação de interessados e atuantes nas atividades ligadas à Mobilização Social pela Educação.

A informação compõe o banco de dados do Plano de Mobilização Social pela Educação (PMSE) que aponta, ainda, a participação de, aproximadamente, 5 mil mobilizadores em todo o Brasil.

Em centros urbanos como Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, o conjunto local de mobilizadores organiza sua atuação por meio da formação dos Comitês de Mobilização.

Os Comitês de Mobilização são instâncias que articulam a implantação do Plano em determinada região. São compostos pelas lideranças com maior capacidade de articulação e disponibilidade entre as diversas instituições da sociedade, como Igrejas, entidades de classe empresariais e dos trabalhadores, Conselho Tutelar, conselhos e secretarias municipais ou estaduais de Educação, universidades, clubes de serviço e Ministério Público.

O PMSE é o chamado do Ministério da Educação (MEC) à sociedade para o trabalho de mobilização das famílias e das comunidades pela melhoria da qualidade da educação brasileira. Corresponde, ainda, à orientação e ao incentivo às lideranças sociais para a realização de ações pautadas pelo diálogo com os públicos de interesse sobre a importância da educação. Por meio dessas iniciativas é despertada a consciência do cidadão sobre o compromisso social na afirmação do direito de todos os brasileiros à educação de qualidade.

Caso você tenha interesse em fazer parte da Mobilização Social pela Educação, entre em contato com a equipe do MEC: mobilizacaosocial@mec.gov.br.

Para saber se sua cidade integra a Mobilização, acesse aqui a relação de municípios.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Palavra de uma Mobilizadora...sobre a Oficina

Olá Lélia
Boa Tarde!

Para mim foi um grande aprendizado a troca de experiências, das diferentes realidades
dos participantes do nosso encontro.
A maneira como Lia abordou todo o trabalho que o MEC vem desempenhando no sentido
de mobilizar toda a sociedade em prol da melhoria da educação, foi de grande valia para todos
nós, ela fez uma abordagem geral de tudo, assim quem não conhecia muito, aprendeu um pouco
e quem já sabia algo, aprimorou seus conhecimentos.
Fiquei muitissimo satisfeita!
Ao retornar para o muncípio, conversei de imediato com a Secretária de Educação e mostrei
pra ela a importância de sermos mobilizadores, de como é urgente a nossa causa.
Sendo assim, ela acompanhando a prefeita tem se feito presente nas NOVENAS, comuns em
nossa região, e assim aproveitando a reunião das famílias nesse momento, tem falado às pessoas
do quanto é importante o acompanhamento dos seus filhos na escola, mostrando que na verdade
a educação é realizada por todos nós, escola, família, sociedade como um todo.
E assim tenho acreditado que ela com sua sutileza vem despertando às famílias para essa necessidade.
Em breve lhe dou mais notícias.
Um grande abraço

Luzimar
Governador Mangabeira

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Ofina de Formação de Mobilizadores em Salvador dias 29 e 30 de setembro de 2009




A Mobilização Social pela Educação na Bahia teve o prazer de organizar uma oficina de Mobilizadores no Estado da Bahia na cidade de Salvador,formando mobilizadores de diversos municipios baianos.
A oficina contou com a presença de diversos segmentos da sociedade,professores,secretários de educação,religiosos(padres, pastores e leigos),Defensores públicos.
Na Oficina conseguimos formar o Comitê de mobilização Estadual e ficou firmado entre os membros do comitê que cada grupo ficaria responsável de formar um comitê em seu municipio de origem.
Com a coordenação da Professora Lelia Andrea Borges que deu inicio ao trabalho de Mobilização no estado da Bahia,a oficina contou com a participação também de um aluno do curso de Sociologia da FTC que contribuiu bastante com intervenções positivas ao desenvolvimento do plano no Estado.